terça-feira, 1 de maio de 2018

Nostalgia

A nostalgia devia ser calma e serena.
Não transpor os limites da seriedade nem blindar a razão toda que o tempo nos trouxe em doses suficientes para fabricar experiência.
Mas nem vem calma nem serena porque explode como se o dia já nem existisse e o espaço fosse apenas um pedaço de céu num buraco negro a pairar na nossa consciência.
É como gelo que nos envolve e prende  a capacidade de abrir os olhos , de ver de forma certa.
A nostalgia é cega de si própria e nem se dá conta de ser inconsciente , pela vontade grande de criar espaço .Um espaço vazio para te encaixar e fazê-la desaparecer no dia e na noite , ou num buraco negro longe da realidade.
Porque esta nostalgia não pode ser real  e só pode ter vindo pelos astros menos habituados ao normal funcionamento do destino.