À deriva
Há um frio que está lá fora
Há um frio que vive fora
No calor de um sol contínuo
Dos nossos corações mais longínquos
Os que fogem e se esquecem
Os que sofrem devagar
Hora a hora, dia a dia
Vão ficando menos vivos
Há um frio que é mantido
Pelo silêncio e indiferença
Nem o sol ilumina e clareia a realidade
É o frio que comanda
É o frio que se acende
Como chama que consome
E os nossos corações vão ficando pequenos
Tão pequenos que irão flutuar
Como cascas de noz à deriva.
À deriva pelo mar.
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