De dia para dia
De dia para dia volto a mim.
De dia para dia dobro o cabo da boa esperança,
onde as tormentas foram mares nunca dantes navegados.
Mas já que os naveguei, de dia para dia são amados:
amados em cada nota mal dada ou respiração cansada,
até voltar ,de dia para dia, à minha mais completa, triunfante, chegada.
De dia para dia serei mais eu e farei do Adamastor o meu amuleto com asas de gaivota e sonhos de navegador.
E, seja o que for, seja mesmo o que for, a realidade, de dia para dia, será sempre a minha prova de amor.
Mas sempre!
Porque de dia para dia sou cada vez mais eu, inteira, seja eu quem for.
Este é o meu espaço de escrita. Sempre escrevi desde pequena e sempre soube que a minha inclinação seria toda para o uso da palavra e da música como instrumentos da alma . Para me compreender basta ler-me e ouvir-me , mesmo que não se perceba o que escrevo ou o que canto, porque eu própria uso frases e expressões que me são enviadas do mais recôndito espaço do meu ser , aquele espaço que até eu desconheço ou desconhecia que pudesse existir. E é povoado não só por mim.
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