quinta-feira, 14 de junho de 2018

Mulher do Fado
 
























Trago em mim a angústia da saudade.
Não se vai e descansa no meu peito.
Eterna e soberana condição não saber da tua sorte .
Que em mim é inveja de não a ter mesmo assim:
Liberta, descarada e sem saber de mim.
Trago em mim o olhar e o sorriso
em laivos de pensamento.
Esbatido mas claro como a noite iluminada de lua cheia
 Fala-me  de ti que eu vou sabendo
acalmar a minha dor.
Dia após dia espero-te no mesmo cais.
Como a mulher do Fado.
De preto.
Confiante.
Cantando ao vento o teu retorno



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